domingo, 25 de março de 2012

ATIVIDADE: REESCREVER O POEMA "A PESCA" - 02/05/2011

                            PESCA TRANQUILA

 Ingredientes:

1 lindo céu anil
1 bom anzol
1 lago azul
1 pitada de silêncio
1 tarde inteira
Animação a gosto

Modo de preparo:

    Em uma tarde de lindo céu anil, pegue um bom anzol e ajuste-o na vertical e mergulhe-o na água do lago azul, dê linha até formar uma espuma.
    Espere em silêncio até a garganta do peixe encontrar a âncora do anzol.
    Quando o anzol estiver na boca do peixe, dê um arranco, logo verá um rasgão na água, de onde surgirá um peixão aquelíneo, ágil-claro e estabanado.
    Faça uma fogueira na areia sob o sol e asse o peixe.
    Servir acompanhado de muita animação.

  Prosa injuntiva - Veroneida Rodrigues de Assis
                              Sirley Maria da Costa Ferreira


                                  A PESCA


    Que alegria! O domingo chegou. Logo cedo sob o céu anil peguei meu anzol já bem equipado, mochila nos ombros, iscas, lanches, linha, tudo pronto, o sol quente parece convidando para pescar no rio.
    Cheguei ao rio quanta beleza. Rio calmo, águas cristalinas. Ah! vou pescar! jogo o anzol espero em silêncio o peixe morder a isca. A água balança, a linha move que emoção! Que belo peixe consegui pegar! Puxo o anzol, o peixe debate com a âncora na garganta. Vejo sangue no rasgão. Tiro-o da água, retiro o anzol da chaga aberta. Aquele peixe aquelíneo ágil claro imóvel já não vive mais.
    Está estabanado na areia, debaixo de um sol forte a espera de ser preparado para o jantar.


Prosa descritiva -  Delcina, Maria Lucia, Ilza e Livânia.



                                   PESCARIA


    Pescar é um prazer e ajuda a esquecer os problemas do dia a dia, o ritual que antecede a pescaria para muitos é uma festa, a compra das varas, anzóis, chumbadas, iscas, a carne o churrasco e a cerveja que não pode faltar. Outro passo é convencer um amigo ou a esposa que o programa é ótimo. Que ilusão!
    Pescar é um tédio,primeiro é preciso muita paciência, depois uma dose extra de bom humor para suportar picadas de mosquitos, pés sujos, roupas molhadas, sol quente... Uma visão de terror!
    Muitos pescadores não respeitam a natureza, pescam na época da piracema, usam redes, deixam um rastro de sujeira por onde passam poluindo a água e o solo.


Prosa dissertativa expositiva - Rosimar Bernardes Dias.




                                          A PESCA

    Em um dia ensolarado e de muito calor, o sol brilhava feito foco de luiz, cumpadi Biliu e eu resorvemo pesca. Eta moçu, esse trem num prestô não; pegamo nossas traias, o imborná e siguimo pra bera do ri.
    Chegamo lá, mininu di Deus, mais era pexe que não acabava mais. A água era azulinha ingual anir. Armeno a vara, amorremo o anzor, coloquemo a isca e lá se foi ela mergulhá no ri. Eu muito do bobo, num di conta de mi sigurá e di uma risada das grandi; pa modi que cumpadi Biliu foi jogá a linha e disiquilibro da canoa e afundo ingualzim uma âncora. O silêncio que ali reinava quebrou, escuitava só os berro do pobri homi; tinha uns pexe que já tava tudo de boca aberta pra recebe o anzor com a minhoca; e dai fugiro tudo.
   Arranquei o cumpadi da água, que tava cum rasgão dos feio na perna, o homi espumava o canto da boca de tanta dor.
    Num tendo jeito de continua a pescada, tivemo que i imbora, sem pexe, sem vara, só com os imborná vazio e a cara cheia de rarva, sem nenhum pexim.


Prosa narrativa - Luzineth e Iuza



                                  A PESCA PREDATÓRIA

    A historiografia ambiental do Brasil, tem em seus registros o quanto eram abundantes as baleias que buscavam o litoral brasileiro para reproduzirem-se e amamentar seus filhotes. O tempo e o silêncio ajudavam e nas águas azuis elas mergulhavam de forma estabanada alegrando aqueles que timham o privilégio de poder vê-las ágeis nas águas claras do oceano.
    Infelizmente, o homem que hoje faz parte da modernidade, buscando melhorar a sua qualidade de vida desenvolveu novas tecnologias e o anzol foi substituido pelo arpão e o arpão pela agulha do canhão que na vertical mergulha feroz em busca de sua presa. Aberta a água, aberta a chaga. Atingida na garganta o peixe, a baleia sobe e desce como uma âncora vertendo pela boca o líquido que colore de vermelho o azul das águas. É díficil saber quem é o animal: o homem ou o peixe?
    Mas, por um lado a matança indiscriminada desses peixes causa asco, por outro ela é explicável na medicina, na culinária  e na beleza feminina. Só não se sabe até quando haverá materia-prima para produzir e produzir sem provocar um rasgão na natureza, devido à pesca predatória desse peixe. 
    Portanto, é concludente que se existem empresas que realmente queiram continuar produzindo benefícios para a sociedade é melhor investir em suas pesquisas e aprender como criar em cativeiro esse peixe, pois caso contrário seus lucros vão terminar em espuma que secarão rapidamente expostos na areia sob o sol escaldante visto apenas ao longe na linha do horizonte.

Dissertativa-argumentativa - Marlene Tomaz da Silva





                                  


                                             

Um comentário:

  1. TODA A REESCRITA A PARTIR DO POEMA "A PESCA", DE AFFONSO R. SANT'ANNA, É SEMPRE BENVINDA.
    PARABÉNS!!!

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