segunda-feira, 26 de março de 2012

PROJETOS: AGOSTO-DEZEMBRO DE 2011

                                                  DIA "D" DA LEITURA

Cursista: Maria Lucia Costa


Justificativa:
 Considerando que a leitura é um objeto social, haja vista que, para que ela exista, é preciso de alguém que a escreva e de outro alguém que a leia; ela só existe enquanto obra nesse intercâmbio cultural. A leitura, quando trabalhada de forma adequada, fornece ao leitor condições de imersão no labirinto dos acontecimentos, auxiliando-o e abrindo caminho para concepções mais profundas, com um nível de significação maior, proporcionando a ele o entendimento de como, porque e para quem a obra foi escrita. Marisa Lajolo (2002: 15) afirma que "Ou o texto dá sentido ao mundo ou ele não tem sentido nenhum."

Público Alvo: Alunos e funcionários da Escola Municipal "Maria Ignez" dando oportunidade a esses individuos de obterem mais momentos de lazer, aquisição da cultura e conhecimento.

Objetivos:
- Assegurar e democratizar o acesso ao livro e à leitura, a partir da compreensão do valor da leitura como instrumento indispensável para que as pessoas possam desenvolver plenamente suas capacidades humanas, exercer seus direito, participar da sociedade, melhorar seus conhecimentos educativos, criar;
- Fortalecer o papel da biblioteca como espaço privilegiado para a formação de leitores;
- Confirmar o valor da leitura para o desenvolvimento  pessoal e social;
- Possibilitar o acesso aos livros àqueles que, por motivo de horário ou mesmo por falta de oportunidade, não conseguem fazer uso de uma biblioteca;
- Proporcionar, através da leitura, momentos de lazer, diálogos e análise sobre os problemas que fazem parte da sociedade.

Metodologia/Cronograma:
O presente projeto terá execução semanal, durante todo o ano letivo, sendo que as sessões de leitura terão duração inicialmente de 15 (quinze) minutos, podendo estender-se  até 50 (cinquenta) minutos.
Será oferecido ao alunos, professores e demais funcionários variedades textuais: textos informativos, crônicas, fábulas, entre outros.



                                                 RECITAZEL


Cursista: Onilda Aparecida Gondim

Justificativa:
É na poesia que desenvolvemos a capacidade de expressarmos sensações, sentimentos, ideias, informações e a poesia está presente em todas as culturas, povos, línguas e nos diferentes períodos históricos da humanidade. estar em contato com a poesia é vivenciar sentimentos, conhecer idéias e experimentar sensações que são próprias do ser humano.
Justifica-se ainda o presente projeto, fazer com que o aluno aprenda a dialogar com os textos, pois é na e pela palavra lida, criada e recriada a partir de leituras que o leitor pode se constituir, fruir, crescer e se perceber dono e senhor de outras palavras, de outros textos, de seu texto.

Público Alvo:
Alunos da educação infantil, anos iniciais (1º ao 5º ano) e anos finais (6º ao 9º)

Objetivo Geral:
Propiciar a motivação pela leitura do gênero poético, socializando as criações poéticas e artísticas através de várias épocas e estilos literários.

Objetivos Específicos:
- Reconhecer e divulgar talentos;
- Resgatar a cultura literária através da poesia;
- Divulgar as poesias inéditas feitas pelos alunos
- Desenvolver habilidades interpretativas através de declamações de poesia;
- Descobrir e valorizar a desenvoltura de cada aluno através de gestos, apresentação, tom de voz, ritmo, etc...

Metodologia/Atividades:
- Apresentação do gênero poético (conteúdo, forma, ritmo, rima, et...)
- Rodas de leitura;
- Escrita de poemas;
- Entrevista com poetas da cidade de Quirinópolis;
- Leitura de poemas pelo professor e alunos;
- Ilustração e interpretação de poemas;
- Declamação de poemas em sala;
- Gravação de voz dos poemas selecionados;
- Digitação e ilustração dos poemas no laboratório de informática;
- Concurso de recitadores (Conforme regulamento próprio).


                                      CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
                                     "VENDAVAL DE EMOÇÕES"


Cursista: Rosimar Bernardes Dias

Justificativa:
O ato de contar histórias é traço da cultura humana. Essa prática realizada em diversas localidades proporciona momentos mágicos, que por sua vez, dá ensejo à momentos de encantamento e significado, permeados por muito prazer. A satisfação de ouvir essas narrativas permite fazer ponte entre o real e o imaginário, experimentando sentimentos muitas vezes não vividos e até negligenciados na vida real.
Este projeto é relevante ainda porque a contação de histórias possibilita que, apesar das distâncias e diferenças, o momento mágico da história nos permite fazer parte do mundo, podendo assim, compartilhar das mesmas experiências, através das histórias proporcionadas pelo narrador.

Objetivo Geral:
Incentivar a leitura prazerosados diversos gêneros literários - contos, mitos, crônicas, lendas - proporcionando assim o crescimento do universo cultural do aluno.

Objetivos Específicos:
- Reconhecer e compreender os diversos gêneros literários;
- Vivenciar a ato de ler como um momento de prazer;
- Estimular a habilidade da escrita;
- Proporcionar melhor desempenho nas diversas áreas do conhecimento;
- Melhorar a capacidade de falar em público.

Atividades a serem desenvolvidas:
- Conceituar quem é o contador de histórias;
- Realizar leituras de diversos gêneros literários (contos, crônicas, fábulas, causos, lendas, mitos, etc...)
- Apresentar os recursos e técnicas do contador de histórias (respiração, ritmo, olhar, gesto, voz, emoção);
- Descobrir os estilos de textos que cada um gosta de contar;
- Contação de histórias na sala de aula;
- Realizar um festival de contadores de histórias na escola.

Metodologia:
- Pesquisa dos diversos tipos de textos que possam ser contadas, assim como conhecer seus autores;
- Roda de leitura de textos;
- Preparação do contos;
- Socialização dos textos em um festival de contadores de histórias.



                                              LEITURA
                                UMA AVENTURA FASCINANTE

REALIZAÇÃO DE OFICINA






ATIVIDADE: MEMORIAL DO LEITOR - 25/06/2011

Cursista: Deusvanir Roberto Damacena

    Sou filha de uma contadora de histórias. Minha mãe é semi-analfabeta, visto não ter concluído nem a primeira série primária, mal decifra as palavras e tem dificuldades de escrever o próprio nome, mas possui um gosto especial por causos. Ela sabe como ninguém transformar fatos de seu passado familiar em histórias. Sabe aquela frase "quem conta um conto aumenta um ponto"? Sempre amei as novas faces que ela dava às mesmas cenas já contadas. Pois é, cresci ouvindo muitas histórias e hoje percebo que minha paixão pela literatura veio dela, do colo de minha mãe.
    É necessário esclarecer, também, que sou uma das filhas mais novas, quase caçula da família. Por esse fato fui "aluna" nas brincadeiras de escola de minha irmã e meus irmãos mais velhos nas suas aulinhas de fantasia. Então, quando atingi a idade de me alfabetizar eu já sabia ler, escrever e gostar de histórias. Naquela época, 1972 se não me falha a memória, era novidade a questão da importância da coordenação motora fina, com suas intermináveis atividades de preencher linhas pontilhadas em forma de ondinhas, serras, éles, és, ésses e outras sem o menor significado para mim. Além do mais, era usual o invento de historinhas para ensinar as letras e números, elas não tinham nada a ver com as aventuras heróicas protagonizadas por minha mãe e seus familiares. Não. Elas eram mais ou menos assim: "Hoje nós vamos conhecer um amiguinho, o nome dele é A, o A tem um irmãozinho que se chama E" ... Desculpa, a intenção era boa, mas eu achava isso ridículo, ninguém que eu conhecia se chamava A nem tinha tantos irmãos como essa criatura.
    Minha frustação e apatia pela escola duraram até o ano em que eu tive o prazer de estudar com a Dª Neném (Não sei o nome dela). Eu estava repetente da terceira série e, da boca dela nunca ouvi as críticas que ouvira no ano anterior, ela me devolveu o fascínio por aprender. ELA CONTAVA HISTÓRIAS! A viagem de Pedro Alvares até o Brasil ficou incrível na fala dela e os textos de Ensino Religioso conseguiam nos fazer anjos. Ela ensinava com amor e o amor dela nos ajudava a crescer. Diariamente ela lia uma ou duas páginas de um livro. Eu aguardava ansiosa pelo  momento em que outro pedaço do conto pudesse fazer parte de mim. O primeiro livro que li foi neste mesmo ano: O Pequeno Lorde, lembro-me da história até hoje. Há uma lista enorme de livros que marcaram minhas memórias. Aguardei ansiosa o Pollyanna, O Morro dos Ventos Uivantes, descobri a vida real em Capitães da Areia, morri de medo em O Exorcista e, a cada novo título, um desejo novo. Leio todo dia, meu estilo favorito é o realismo fantástico que vai de fantasmas a extraterrestres e a Literatura inglesa, é a que me atrai principalmente pelas descrições apuradas. Não consigo discriminar nenhuma história. para mim infantil, juvenil, auto-ajuda, religioso, psicografado, etc... são apenas palavras, há boa leitura em todas as classificações de textos, é só procurar




Cursita: Maria Lucia de Sousa Costa


    As primeiras leituras se tornaram tão significativas que às vezes me deparo relembrando.
    Quando da minha infância em que naquelas manhãs frias meu pai ia levar minha irmã e eu para o Grupo Escolar Lauro Jacintho era grande a minha animação com os cadernos e a cartinha.
    Foi um tempo triste, pois havia a pouco perdido minha mãe. E o meu pai a todo custo procurava estar presente em nossas vidas.
    Quantas dificuldades para sobreviver, mas a escola veio no momento certo. O carinho da professora Maria José foi algo que jamais esquecerei. Recordo-me ainda hoje do seu modo ainda hoje do seu modo singelo, meigo e organizado com as lições. 
    No decorrer do ano tudo era novidade. A cartilha Sodré, as pequenas fábulas, os poucos livros antigos que ganhava dos primos mais velhos iam fortalecendo minhas aventuras no mundo das palavras.
    Recordo também da minha vizinha Divina que às vezes sofria com minha insistência com as leituras marcadas dia a dia pela professora e que queria a todo custo aprender e tinha enorme vontade de apreender todas aquelas informações.
    Na escola com toda aquela humildade consegui sobreviver e colocar um objetivo de vida: Gosto pelo estudo. 
   Que saudade da hora da Composição que era feita através da imagem de folhinhas Anuais, aproveitavamos para descrever paisagens, pessoas e sonhos. 
    Com toda aquela singeleza, falta de materiais escolares conseguimos decodificar bem todos os signos. A significação o enlevo das palavras foram fortalecidos através de grandes esforços de professores envolvidos e acredito também em minha persistência em aprender.
    Saudades são tantas mas valeu a pena as descobertas, as aventuras, tudo que passei procurando entender o mundo das letras e isso tenho tentando passar aos meus alunos o dever de estudar e o direito de ser cidadã.



Cursista: Onilda Aparecida Gondim


    Iniciei minha jornada acadêmica com sete anos de idade, quando da minha alfabetização. Antes disso, eu não tive nenhum contato com livros, nenhuma prática de leitura.
    Sou filha de pessoas com pouco estudo. Em casa não havia hábito de leitura. Não sei se por esse motivo ou outro qualquer, não tive incentivo à leitura antes de iniciar meus estudos. Meu contato com a leitura se dava pelas histórias que meu avô contava: de assombração, contos populares, folclóricos que ele dizia ter ouvido ou até mesmo vivenciado. Aqueles momentos eram mágicos e nunca esqueci. 
    Minha alfabetização ocorreu de modo conturbado, jamais esquecerei minha primeira professora. Infelizmente, não são boas recordações, mas porque ela não reconheceu minha diferença em sala. Isto é, por ser esquerda (destra), ela batia na minha mão e me obrigava a escrever com a mão direita. Tentativas em vão e sofrimento também. 
    Com isso tudo, o que consegui foi ter péssima coordenação motora, falta de habilidade para manusear régua, tesoura, faca, etc... Da minha alfabetização só me restam essas lembranças. Onde ficaram os incentivos à magia da leitura? Será que eles existiram de fato?
    Durante o primário de modo geral não tive muito incentivo à leitura. Lembro-me apenas de um concurso de redação quando estudava na 4ª série e fui premiada com um livro, acho que de contos. Lembro-me de lê-lo várias vezes. Acho que meus professores também não eram leitores. 
    No entanto, minha história com a leitura não foi de toda ruim. Na quinta série, tive uma professora muito especial, que amava a leitura e transmitia esse amor para seus alunos. Durante esse período, tive a oportunidade de ler muito e de me apaixonar pela leitura. Das várias leituras que fiz lembro-me do livro Robinson Cruzoé, obra que marcou meu amor pela leitura. uma aventura emocionante. Eu me sentia participante da história o tempo todo.
    Nos anos seguintes, esse amor pela leitura foi abalado, pois faltou incentivo dos professores. Houve professores que desempenharam papel oposto: isto é, imagino que por não serem adeptos à leitura, adotavam livros para cumprir agenda escolar e que na maioria das vezes, não haviam lido; livros que não se encaixavam na faixa etária e nível de conhecimento dos alunos. A meu ver, isso é grave e pode causar danos irreparáveis. O papel do professor enquanto leitor é primordial para motivar os alunos. 
    No meu caso, tive contato com a obra O Seminarista na 7ª série e aquela obra me chocou muito. eu não tinha capacidade para entender tudo aquilo, foi terrível.
    Ainda na segunda fase do ensino fundamental, tive a oportunidade de ler o Mistério do Botão Negro. Uma aventura muito legal. Os livros que gostei de realizar a leitura ainda os tenho, os demais me desfiz e tomei o cuidado de jamais passar para meus alunos. Exceto o do Seminarista, porque tive a oportunidade de lê-lo novamente no Ensino Médio com mais maturidade. E com certeza a leitura foi outra.
    A meu ver, ao adotar uma leitura, o professor precisa se atentar para a faixa etária dos alunos, capacidade de compreensão. por exemplo, no ensino fundamental é imprescindível que os adquiriam o hábito e gosto pela leitura. Portanto, obras de aventura, de mistérios, ou seja, obras que chamem a atenção são fundamentais. Obras mais pesadas ficariam para o Ensino Médio. 
    No Ensino Médio a leitura é mais pesada, trata-se de estudar os clássicos da literatura. Nesse período, o livro que mais me chamou a  atenção foi A Moreninha, inicio do romantismo. Inclusive utilizei-o em minha prática de sala de aula quando realizamos um sarau literário belíssimo, leitura que como eu, acredito jamais ser esquecida por meus alunos. 
    Na universidade, embora tenha cursado Letras, acredito qure minhas leituras foram insuficientes. Minha professora de Literatura gostava apenas de teatro. Houve momentos importantes.
    Hoje leio bastante, mas sinto que meu déficit como leitora me dificulta a compreensão de muita coisa. 
    Desse modo na condição de mãe e professora procuro demonstrar a paixão que sinto pela leitura no sentido de motivar seus filhos e alunos por meio de exemplos, mesmo não me constituindo totalmente nela.

domingo, 25 de março de 2012

ATIVIDADE: GÊNEROS TEXTUAIS - 28/03/2011

                           CLASSIFICADOS DA HORA

Vende-se sobrado recém-reformado em boa localização com três quartos, sendo um suíte, sala de jantar, de estar, escritório, jardim, cozinha, área de serviço e garagem.
Valor a combinar.
Tratar com Carlos. Cel. 2649 7505

Classificados - Ilza Maria e Marlene Tomaz da Silva



                                  CLASSIFICADOS

ALUGA-SE, um sobrado localizado no condomínio Morada do Sol, um ambiente tranquilo, seguro e arborizado. O sobrado contém 3 quartos espaçosos e um escritório no piso superior, sendo uma suite com closet e paredes revestidas de mármore, sala de jantar, sala de estar, cozinha e um amplo jardim, entrada principal rodeada por altos arbustos, parede revestida por pedras na lateral. Valor R$ 1.000,00. Interessados entrar em contato pelo telefone (64) 3651-8846 - Falar com Eduardo.

Classificados - Onilda e Veroneida


                                                                 
                                                              A CARTA


                                                                    Quirinópolis, 28 de março de 2011.

                                                                                            Caro amigo Pedro,

     Tenho boas expectativas para este ano, poius o banco, no qual trabalho, transferiu-me para sua cidade.
     Como pretendo me mudar com minha família, precisarei comprar uma casa nos próximos dias. Quero uma casa  que tenha três quartos, sala de estar  e de jantar, cozinha ampla, banheiros escritório além de jardim bem cuidado e com muito espaço para as crianças brincarem.
     Lembrei-me daquele seu sobrado que fica numa região de chácaras, longe da agitação da cidade.
     Se for do seu interesse, eu faço uma boa oferta pelo seu imóvel.
     Na sexta-feira próxima, eu estarei aí para visitá-lo e conversaremos a respeito da compra.

                                                                                           Atenciosamente, 

                                                                                                    Seu amigo,
                                
                                                                                                            João


Carta Pessoal - Deusvanir R. Damaceno e Rosimar Bernardes.




                                              O CASARÃO


     Em um vilarejo próximo a uma igreja estava eu a observar uma casa que me chamava atenção pela sua forma antiga. Era como se lá houvesse relíquias escondidas nas paredes, no assoalho.
    Em uma tarde percebi que as pessoas que ali residiam não estavam presentes.
    Parei em frente ao portão, olhei compenetrado dentro do jardim que escondia uma certa cumplicidade.
    Pulei o portão, que estava trancado com dois cadeados. Adentrei o pátio, de repente que susto! Era uma estátua de mármore de um senhor a me observar. Ao me refazer do susto passei por uma área arejada , cheia de flores, e orquídeas e um gato preto, também, me observava como se quisesse me dizer algo, mas prossegui no meu intento. Tentei abrir uma janela que estava entreaberta e pulei para um quarto escuro, com roupas espalhadas pelo chão e uma mala semi-aberta, como num ímpeto abri-a apressadamente, mas não tinha nada que pudesse mostrar-me a origem daquela casa.
    Atravessei para um cômodo que estava bastante iluminado com grandes e maravilhosas luminarias clareando aquele ambiente frio! abri uma gaveta e encontrei um livro que estava a muito muito tempo querendo ler, coloquei-o de volta e fui caminhando, quando de repente vi sobre a mesa um anel brilhante, guardei -o e sai correndo apressado na certeza de que ninguém estava a me observar. Pulei o muro de volta
e tive a certeza de que aquele casarão um dia iria ser meu.

Livania Oliveira da Silva e Luzineth Squarizi










ATIVIDADE: REESCREVER O POEMA "A PESCA" - 02/05/2011

                            PESCA TRANQUILA

 Ingredientes:

1 lindo céu anil
1 bom anzol
1 lago azul
1 pitada de silêncio
1 tarde inteira
Animação a gosto

Modo de preparo:

    Em uma tarde de lindo céu anil, pegue um bom anzol e ajuste-o na vertical e mergulhe-o na água do lago azul, dê linha até formar uma espuma.
    Espere em silêncio até a garganta do peixe encontrar a âncora do anzol.
    Quando o anzol estiver na boca do peixe, dê um arranco, logo verá um rasgão na água, de onde surgirá um peixão aquelíneo, ágil-claro e estabanado.
    Faça uma fogueira na areia sob o sol e asse o peixe.
    Servir acompanhado de muita animação.

  Prosa injuntiva - Veroneida Rodrigues de Assis
                              Sirley Maria da Costa Ferreira


                                  A PESCA


    Que alegria! O domingo chegou. Logo cedo sob o céu anil peguei meu anzol já bem equipado, mochila nos ombros, iscas, lanches, linha, tudo pronto, o sol quente parece convidando para pescar no rio.
    Cheguei ao rio quanta beleza. Rio calmo, águas cristalinas. Ah! vou pescar! jogo o anzol espero em silêncio o peixe morder a isca. A água balança, a linha move que emoção! Que belo peixe consegui pegar! Puxo o anzol, o peixe debate com a âncora na garganta. Vejo sangue no rasgão. Tiro-o da água, retiro o anzol da chaga aberta. Aquele peixe aquelíneo ágil claro imóvel já não vive mais.
    Está estabanado na areia, debaixo de um sol forte a espera de ser preparado para o jantar.


Prosa descritiva -  Delcina, Maria Lucia, Ilza e Livânia.



                                   PESCARIA


    Pescar é um prazer e ajuda a esquecer os problemas do dia a dia, o ritual que antecede a pescaria para muitos é uma festa, a compra das varas, anzóis, chumbadas, iscas, a carne o churrasco e a cerveja que não pode faltar. Outro passo é convencer um amigo ou a esposa que o programa é ótimo. Que ilusão!
    Pescar é um tédio,primeiro é preciso muita paciência, depois uma dose extra de bom humor para suportar picadas de mosquitos, pés sujos, roupas molhadas, sol quente... Uma visão de terror!
    Muitos pescadores não respeitam a natureza, pescam na época da piracema, usam redes, deixam um rastro de sujeira por onde passam poluindo a água e o solo.


Prosa dissertativa expositiva - Rosimar Bernardes Dias.




                                          A PESCA

    Em um dia ensolarado e de muito calor, o sol brilhava feito foco de luiz, cumpadi Biliu e eu resorvemo pesca. Eta moçu, esse trem num prestô não; pegamo nossas traias, o imborná e siguimo pra bera do ri.
    Chegamo lá, mininu di Deus, mais era pexe que não acabava mais. A água era azulinha ingual anir. Armeno a vara, amorremo o anzor, coloquemo a isca e lá se foi ela mergulhá no ri. Eu muito do bobo, num di conta de mi sigurá e di uma risada das grandi; pa modi que cumpadi Biliu foi jogá a linha e disiquilibro da canoa e afundo ingualzim uma âncora. O silêncio que ali reinava quebrou, escuitava só os berro do pobri homi; tinha uns pexe que já tava tudo de boca aberta pra recebe o anzor com a minhoca; e dai fugiro tudo.
   Arranquei o cumpadi da água, que tava cum rasgão dos feio na perna, o homi espumava o canto da boca de tanta dor.
    Num tendo jeito de continua a pescada, tivemo que i imbora, sem pexe, sem vara, só com os imborná vazio e a cara cheia de rarva, sem nenhum pexim.


Prosa narrativa - Luzineth e Iuza



                                  A PESCA PREDATÓRIA

    A historiografia ambiental do Brasil, tem em seus registros o quanto eram abundantes as baleias que buscavam o litoral brasileiro para reproduzirem-se e amamentar seus filhotes. O tempo e o silêncio ajudavam e nas águas azuis elas mergulhavam de forma estabanada alegrando aqueles que timham o privilégio de poder vê-las ágeis nas águas claras do oceano.
    Infelizmente, o homem que hoje faz parte da modernidade, buscando melhorar a sua qualidade de vida desenvolveu novas tecnologias e o anzol foi substituido pelo arpão e o arpão pela agulha do canhão que na vertical mergulha feroz em busca de sua presa. Aberta a água, aberta a chaga. Atingida na garganta o peixe, a baleia sobe e desce como uma âncora vertendo pela boca o líquido que colore de vermelho o azul das águas. É díficil saber quem é o animal: o homem ou o peixe?
    Mas, por um lado a matança indiscriminada desses peixes causa asco, por outro ela é explicável na medicina, na culinária  e na beleza feminina. Só não se sabe até quando haverá materia-prima para produzir e produzir sem provocar um rasgão na natureza, devido à pesca predatória desse peixe. 
    Portanto, é concludente que se existem empresas que realmente queiram continuar produzindo benefícios para a sociedade é melhor investir em suas pesquisas e aprender como criar em cativeiro esse peixe, pois caso contrário seus lucros vão terminar em espuma que secarão rapidamente expostos na areia sob o sol escaldante visto apenas ao longe na linha do horizonte.

Dissertativa-argumentativa - Marlene Tomaz da Silva